Agenda, Vídeos e Fotos

CONHEÇA MELHOR O DR MARCOS GEBARA


 

Médico Psiquiatra Clínico e Forense, Psicanalista. Título de Especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria e Associação Médica Brasileira em Psiquiatria Clínica, Psiquiatria Forense e Psicoterapia. Diretor Regional Sudeste da Assossiação Brasileira de Psiquiatria. Membro Efetivo da Câmara Técnica de Psiquiatria do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro. Diretor Técnico do Núcleo Integrado de Psiquiatria do Rio de Janeiro (NIP-RJ) 1993/2013. Presidente da Associação Psiquiatrica do Rio de Janeiro 2005/2008.  Coronel BM QOS Coordenador Geral de Saúde da Secretaria Estadual de Defesa Civil  2002/2003 e Subsecretário Adjunto de Saúde da SEDEC 2001/2002.

Coronel BM Médico Diretor Geral de Saúde do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro 1999/2001. Perito Médico Forense desde 1979. Psiquiatra e Psicanalista em Clínica Particular desde 1977. Responsável Técnico pelo Hospital Central Aristarcho Pessoa (HCAP) do CBMERJ de 1999/2003. Chefe da Clínica Psiquiatrica do HCAP de 1980/1998. Presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica (SBPA) no Biênio 98/99.

Detentor das Medalhas “Tiradentes” concedida pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e “Pedro Ernesto” concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Residência Médica em Psiquiatria no Hospital Pedro Ernesto da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 1977/1979. Curso de Especialização em Psiquiatria na FCM/UERJ 77/79. Formado em Medicina pela FCM/UERJ em 1976.


    AGENDA 2019

     

    American Psychiatric Association (APA) 172nd Annual Meeting

    18 a 22 de maio – San Francisco – California

    Congress on Brain Behavoir and Emotins – 2019

    5 a 8 de junho – Brasília – DF

    32th ECNP Congress 

     7 a 10 set – Copenhagen, Denmark

     XXXVII Congresso Brasileiro de Psiquiatria e

    XXXI Congresso Latinoamericano de Psiquiatria

    15 – 19  outubro   – Brasília – DF

     

     


     

     


    VÍDEOS

    –Eletroconvulsoterapia/Eletrochoque mitos e verdades

    https://youtu.be/S1E-w-fB6sE

    -A Neurociência valida o Arquétipo 100 anos depois

    https://youtu.be/ICAC8rc0XiY

    – Regulação Epigenética e Psicofenótipo
    http://www.youtube.com/watch?v=YfADpZUVxY8

    – Depressão – I

    http://www.youtube.com/watch?v=kCdHq0KkNGU

    – Depressão – II

    http://br.youtube.com/watch?v=Y4Bj8ZAg30I

    – Depressão – III

    http://br.youtube.com/watch?v=tYM-Ni3sL9U

    – Depressão – IV

    http://br.youtube.com/watch?v=UxL4Jppajog

    – Depressão – V

    http://br.youtube.com/watch?v=9BVtA2-edkU

    – Genética, ambiente e Psiquismo I

    http://www.youtube.com/watch?v=r7txLZTI-vo

    – Genética, ambiente e Psiquismo IIh

    ttp://br.youtube.com/watch?v=9sxATH3cKjU

    – Genética, Ambiente e Psiquismo – III
    http://www.youtube.com/watch?v=A6yzz5l3824

    – NCTP-Neurobiologia

    http://www.youtube.com/watch?v=82HkQIylDKg

    – NCTP-Transtorno Bipolar

    http://www.youtube.com/watch?v=VcIYqEjsAdg

    – NCTP-Esquizofrenia
    http://www.youtube.com/watch?v=zB3G_SDa-10

    – NCTP – Vias Dopaminérgicas – Farmacoterapia
    http://www.youtube.com/watch?v=LrC3-akqFnM

    – Eletroconvulsoterapia
    http://www.youtube.com/watch?v=rWTde-4DP2I

    – Transtorno do Pânico – Definição e Sintomas
    http://www.youtube.com/watch?v=-YJ6ImI7Q-A
    – Transtorno do Pânico – Neurobiologia

    http://www.youtube.com/watch?v=ZMYLK4EYneI

    – Transtorno do Pânico – Tratamento

    http://www.youtube.com/watch?v=qcobirgmW80





    GALERIA DE FOTOS


    • Professor Stahl 2013
    • Congresso mineiro 3013
    • Aperj 2013
    • 2013-09-29 - México
    • 2014-10-16 11.28.02b
    • 2014-06-25 16.58.47
    • Cerebro 2014
    • 2015-05-17 10.09.49
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    • aperj13
    • Barcelona 2013
    • Brasileiro 2013
    • APA 2013
    Colaboração (sugestões) para a melhoria da Rede de assistência ao paciente portador de Transtorno Mental no Estado do Rio de Janeiro

     

    O surgimento dos tratamentos efetivos (não considerando aqui a Psicanálise) para as doenças mentais ocorreu no final da década de trinta, quando Cerletti e Bini introduziram a eletroconvulsoterapia como método terapêutico para depressões graves e estados psicóticos de risco. Desde cedo esta se revelou eficaz, porém seu uso, com o tempo, ficou estigmatizado devido à fealdade dos efeitos que provocava no momento da aplicação e também pelo uso criminoso que lhe foi imposto por certos regimes autoritários. No entanto, foi na década de 50 que surgiram os primeiros medicamentos realmente eficazes como antidepressivos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, estabilizadores do humor e ansiolíticos. Portanto, em meados do século passado, quando ocorreu a primeira e verdadeira desospitalização, já existia um arsenal terapêutico considerável para o manuseio dos transtornos mentais. No entanto, os médicos deparavam-se com importantes efeitos colaterais destes medicamentos que, muitas vezes, limitavam sobremodo seu uso. A partir do início dos anos oitenta, começaram a surgir substâncias mais modernas, que proporcionavam muito melhor tolerabilidade, proporcionando a possibilidade de uma utilização muito mais abrangente, beneficiando um número incomensuravelmente mais elevado de pacientes. Atualmente as pesquisas apontam para o conhecimento dos problemas moleculares que acarretam na neurotransmissão anormal, da seleção e migração neuronal, assim como da sinaptogênese, fornecendo bases lógicas para o desenvolvimento de novas terapias. Buscamos novos medicamentos com diferentes mecanismos de ação, terapias genéticas, magnetoestimulação transcraniana, implantação de células tronco e cirurgias estereotáxicas não invasivas. O ECT sob anestesia, monitorizado, com aparelhos computadorizados, recobrou sua dignidade, respaldado pela comprovação científica de sua eficácia e segurança. O acervo de recursos terapêuticos está, por conseguinte, muito ampliado. Nos tempos hodiernos, as técnicas de neuroimagem mais recentes como a Ressonância Magnética Funcional com Espectroscopia e Mapas de Perfusão, Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET), Tomografia por Emissão de Fóton Único (SPECT) o Estudo da Atividade Elétrica Cerebral, exames laboratoriais específicos e Testagens Neuropsicológicas, permitem ao médico “enxergar” de forma ampla o cérebro e seu funcionamento, facilitando imensamente o diagnóstico e o acompanhamento da evolução do tratamento. É inegável que todos estes sofisticados recursos que as neurociências vêm incorporando à medicina, em especial à psiquiatria, têm um custo ainda elevado. No entanto, qualquer estudo bem desenhado de Farmacoeconomia demonstrará fartamente que vale a pena investir na modernidade, visto que a utilização racional dos melhores recursos disponíveis baixa sobremaneira os custos diretos e indiretos decorrentes dos transtornos mentais, diminuindo em porcentual majoritário as internações prolongadas, o absenteísmo ao trabalho, a perda de produtividade e minimizando os impactos pessoais, familiares e sociais causado pela doença. Desafortunadamente, na prática, o acesso à tecnologia de ponta fica restrito a uma privilegiada minoria mais abastada. Na clínica privada, onde os usuários via de regra possuem melhor nível socioeconômico e cultural, podemos conseguir rapidamente os resultados de exames sofisticados, receitar remédios caros, interagir com colegas de outras especialidades e, quando se torna necessária uma internação, em último caso, os doentes são removidos por serviços especializados para clínicas pequenas e bem estruturadas, onde o tempo médio de permanência é baixíssimo, atendendo aos episódios agudos e prontamente devolvendo o indivíduo ao convívio familiar e social quando atingido um nível satisfatório de melhora. Para as elites, a “Reforma Psiquiátrica” já foi feita há muito tempo. A “desospitalização” decorreu simplesmente da pressão econômica, visto que as diárias das clínicas particulares são dispendiosas e os pacientes podem continuar seus tratamentos nos consultórios, desde que medicados adequadamente, incluindo-se psicoterapias e terapias adicionais, quando indicadas. O resultado é a reintegração social, a volta ao trabalho ou ao estudo e o cuidado das famílias que, recebendo os pacientes em condições favoráveis, preferem tê-los em suas casas, custeando somente a medicação e as consultas. Mantendo-se o tratamento de forma regular e ininterrupta, caem muito as chances de recaídas, elevando-se a “qualidade de vida”. No Serviço Público, que atende as classes mais pobres, tristemente constatamos uma realidade inteiramente oposta. Filas quilométricas nos ambulatórios, instalações totalmente inadequadas, hospitais obsoletos e alternativas insuficientes para os mesmos, falta de medicamentos, nenhum acesso a modernos recursos tecnológicos, ações incoordenadas entre as equipes profissionais, baixo comprometimento com o usuário, desorganização, desperdício de recursos humanos e financeiros e muitas outras mazelas. O resultado é um alto índice de recaídas, hospitalizações repetidas e prolongadas, a rejeição pelas famílias, a incapacitação e a cronificação das doenças, caindo vertiginosamente a “qualidade de vida”. No final das contas, o custo para a sociedade vai ser muito mais alto. Não é possível promover a desospitalização apenas por decreto. É imperiosamente necessário investir no profissional de saúde mental, criar estruturas mais ágeis para o atendimento, oferecer de forma regular e ininterrupta medicamentos de melhor qualidade, modernizar equipamentos, integrar e coordenar as ações das equipes, elaborar programas de atualização continuada, realizar trabalhos de psicoeducação junto às comunidades e, principalmente, pautar as condutas em princípios cientificamente comprovados.O investimento inicial não será tão grande e, certamente propiciará uma economia monumental. Primeiramente devemos considerar que existe uma enorme demanda reprimida de pacientes que necessitam, mas não têm acesso a qualquer tipo de atendimento de Saúde Mental. Faz-se mister facilitar o contato entre o usuário potencial e o profissional da área. Uma primeira medida, facilmente exeqüível e de baixo custo seria municiar as equipes de emergência dos diversos hospitais públicos distribuídos pelo Estado com Psiquiatras. Ao menos, que as equipes que trabalham nos Serviços de Emergência assim como os médicos do Programa de Saúde da Família, do Programa Saúde na Escola, etc., pudessem ter um treinamento básico no sentido de identificar, triar e encaminhar um padecente de transtorno mental. Outra medida factível a curto prazo seria acoplar, sem desativar as já existentes que ficariam com casos já triados, Emergências Psiquiátricas aos Hospitais Gerais, garantindo assim um atendimento mais completo e de melhor qualidade. Já temos diversos exemplos de serviços integrados desta forma funcionando muito bem em vários países. Não há sentido que um serviço de Pronto-Socorro Psiquiátrico, onde, via de regra, existe a necessidade da intervenção do Clínico e, muitas vezes, do Intensivista, esteja isolado do Hospital Geral. Ainda nesta linha, é mandatório que o atendimento pré-hospitalar das emergências psiquiátricas seja executado por equipes treinadas para tal, evitando que este importante segmento do atendimento continue dependendo da boa vontade dos Bombeiros ou, eventualmente, da truculência (normalmente bem intencionada) da Polícia. Sabemos ainda, que em inúmeras situações, pacientes são contidos por familiares ou circunstantes e conduzidos de forma inteiramente atabalhoada aos Hospitais. Ainda tratando do curto prazo, salta aos olhos a necessidade imperiosa de reforçar os ambulatórios de Psiquiatria e Psicologia, tanto nos Serviços específicos de Saúde Mental, como nos Hospitais Gerais. Sabemos, fartamente, que um bom atendimento ambulatorial evita sobremaneira as internações, que devem restringir-se às situações de risco ao próprio paciente ou a outrem, desde que possam ser mantidas a continuidade e regularidade no tratamento. Se tivermos uma rede ambulatorial bem distribuída geograficamente, bem equipada, com profissionais comprometidos, e, principalmente, uma boa dispensação de medicamentos, estaremos dando os primeiros bons passos para proporcionar assistência de qualidade àqueles que não possuem recursos nem para pagar a passagem de ônibus que os levaria ao ambulatório, quanto mais para comprar medicamentos. Ambulatórios públicos podem muito bem funcionar com consultas marcadas periodicamente, controladas, de forma que nem o fluxo do atendimento nem a distribuição de medicamentos sejam interrompidos. Um elemento facilitador de suma importância é o “Prontuário Informatizado”, de forma que qualquer Serviço do Estado procurado por um usuário possa levantar prontamente todas as informações prévias a respeito do mesmo, evitando a repetição de condutas e o desperdício de tempo e dinheiro. Qualquer Banco ou Seguradora de Saúde dispõe de tal sistema. Por que não o Estado? A médio prazo, seria extremamente útil que todas as Unidades de Saúde do Estado e dos Municípios dispusessem de uma estrutura ambulatorial adequadamente dimensionada capaz de absorver a demanda pelo atendimento em Saúde Mental, sendo que aquelas que se destinam às internações Clínicas, também pudessem dispor de pequenas Unidades Psiquiátricas, destinadas às curtíssimas internações para a remissão de quadros agudos. Se utilizarmos com racionalidade e coordenação os meios já disponíveis no Estado, será possível implantar, gradativamente, em larga escala, um sistema eficiente. Em suma, todos os segmentos do atendimento básico ao padecente de transtorno mental deveria estar acoplado às estruturas gerais de atendimento clínico, deixando o Hospital Psiquiátrico, que deve ser moderno, bem equipado, racionalmente dimensionado e bem cuidado, como último ponto da cadeia do sistema, destinando-se aos casos de maior complexidade, quando forem esgotados todos os recursos das etapas anteriores. Neste local, o Estado tem a obrigação de proporcionar aos cidadãos os melhores recursos de que a ciência é capaz de prover, como tecnologia de ponta para diagnóstico e avaliação da terapêutica, farmacoterapia de última geração, psicoterapias, reabilitação, etc. Importantíssima também é a desestigmatização da Eletroconvulsoterapia. Está sobejamente demonstrado em inúmeros estudos, inclusive publicados pela OMS, que a ECT constitui o método mais seguro e eficaz para o tratamento de alguns quadros psiquiátricos agudos específicos, como estupores catatônicos ou depressivos, depressão grave com risco iminente de suicídio, furor catatônico e outros, salvando muitas vidas quando bem indicada e aplicada em condições adequadas. As modernas exigências da WPA apontam no sentido de que a ECT seja efetuada sob anestesia e assistência ventilatória, com monitorização de EEG, ECG e oximetria, utilizando aparelhos de pulso breve e onda quadrada. Não é possível que nosso Estado se coloque na contramão da história, relegando esta moderna e eficiente ferramenta terapêutica ao descaso por puro preconceito e desinformação. Numa visão de mais longo prazo, poder-se-ia pensar na criação de Hospitais-Dia, Hospitais-Noite, Oficinas Terapêuticas, Residências Terapêuticas, Programas de Esclarecimento à População e, especialmente, bons Programa Permanentes de Educação Continuada para os Profissionais.

    Marcos Gebara